15 junho 2009

Lendas dos Orixas: Oya

Lendas de Oya:
Oya sopra a forja de Ogun e cria o vento e a tempestade

Osaguiã estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas

eram as armas para guerrear.

Ògún fazia as armas, mas fazia lentamente.

Osaguiã pediu a seu amigo Ògún urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível.
O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta novatardava como o tempo.
Tanto reclamou Osaguiã que Oyá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ògún a apressar a fabricação.

Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ògún e seu sopro avivavaintensamente o fogo e o fogo aumentado de calor derretia o ferro mais rapidamente.

Logo Ògún pode fazer muitas armas e com as armas Osaguiã venceu a guerra.

Osaguiã veio então agradecer Ògún. E na casa de Ògún enamorou-se de Oyá.

Um dia fugiram Osaguiã e Oyá, deixando Ògún enfurecido e sua forja fria.

Quando mais tarde Osaguiã voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente,Oyá teve que voltar a avivar a forja.
E lá da casa de Osaguiã, onde vivia, Oyá soprava em direção à forjade Ògún.

E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Osaguiã da de Ògún.

E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor atiçava.


E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando os ares e logo o chamou de vento.
E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oyá a forja de Ògún. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá eo povo chamava a isso tempestade.
Oya recebe o nome de Iansã, mãe dos nove filhos

Oiá desejava ter filhos, mas não podia conceber Oiá foi consultar um babalaô e ele mandou que ela fizesse um ebó.

Ela deveria oferecer um carneiro, um agutã,muitos búzios e muitas roupas coloridas.

Oiá fez o sacrifício e teve nove filhos.

Quando ela passava, indo em direção ao mercado, o povo dizia:"Lá vai Iansã".Lá ia Iansã, que quer dizer mãe nove vezes.

E lá ia ela toda orgulhosa ao mercado vender azeite-de-dendê.

Oiá não podia ter filhos, mas tve nove,depois de sacrificar um carneiro.

E em sinal de respeito por seu pedido atendidoIansã, a mãe de nove filhos, nunca mais comeu carneiro.

Oiá ganha de Obaluaê o reino dos mortos Certa vez houve uma festa com todas as divindades presentes.

Omulu-Obaluaê chegou vestindo seu capucho de palha.

Ninguém o podia reconhecer sob o disfarce nenhuma mulher quis dançar com ele.

Só Oiá, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra.

Tanto girava Oiá na sua dança que provocava vento.

E o vento de Oiá levantou as palhas e descobriu o corpo de Obaluaê.

Para surpresa geral, era um belo homem.

O povo o aclamou por sua beleza.

Obaluaê ficou mais do que contente com a festa, ficou grato.

E, em recompensa, dividiu com ela o seu reino.

Fez de Oiá a rainha dos espíritos dos mortos.

Rainha que é Oiá Igbalé, a condutora dos eguns.

Oiá então dançou e dançou de alegria.

Para mostrar a todos seu poder sobre os mortos,quando ela dançava agora, agitava no ar o iruquerê,o espanta-mosca com que afasta os eguns para o outro mundo.

Rainha Oiá Igbalé, a condutora dos espíritos.

Rainha que foi sempre a grande paixão de Omulu.
Conhecida no Brasil como Yansã, cujo nome advém de algumas formas prováveis: Oyamésàn - nove Oyàs; usado como um dos nomes de Oyà
Ìyá omo mésàn, mãe de nove crianças, Iansã , que da lenda da criação da roupa de Egúngún por Oyà.
Ìyámésàn "a mãe (transformada em) nove", que vem da história de Ifá, da sua relação com Ogun.
Observe-se que em todas as formas, está relacionada com o número 9, indicativo principal do seu odú.
Está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e aos ancestrais (eguns). Na Nigéria ela é a deusa do rio Niger. Principal esposa de Xangô, impetuosa, guerreira e de forte personalidade, também rainha dos espíritos dos mortos, sendo reverenciada no culto dos eguns. Em yorubá, chama-se Odò Oyà.
Diz uma das lendas que Oyà lamentava-se de não ter filhos, uma situação conseqüente da sua ignorância a respeito das suas proibições alimentares. Embora lhe fosse recomendado comer cabra, ela comia carneiro. Foi consultar um babalawô, que informou seu erro, lhe aconselhando a fazer oferendas, entra as quais deveria haver um tecido vermelho. Este pano, mais tarde, haveria de servir para confeccionar as vestimentas dos Egúngún. Tendo cumprido essa obrigação, Oyà tornou-se mãe de nove crianças.
Suas contas são vermelhas ou tijolo, o coral por excelência, o monjoló (uma espécie de conta africana, oriunda de lava vulcânica). Seus símbolos são: os chifres de búfalo, um alfanje, adaga, eruesin [eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de cavalo, encravados em um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns").
Afefe, o vento, a tempestade, acompanha Oyà.

Oyà, guerreira e imponente. Tem a força de nove homens.

Duas espadas e um par de chifres de búfalo representam a imágem de Oyà. Seus adeptos não podem sequer encostar em carneiro e em volta dos pescoços usam contas de um certo tom de vermelho ( Marrom ).


Foi a única mulher de Sango que o acompanhou em sua fuga para a terra de Tapa, mas se desencorajou em Ira, sua cidade natal, onde, de acordo com o ditado "Oyà wole ni ile Ira, Sango wole ni Koso" (Oyà entrou na terra na casa de Ira, Sango entrou em Koso), ela suicidou-se ao receber a noticia da morte de Sango. Oya tornou-se a divindade do Rio Níger. Os tornados e tempestades são as marcas de seu descontentamento.

QUALIDADES:
1) Oyà Biniká
2) Oyà Seno
3) Oyà Abomi
4) Oyà Gunán
5) Oyà Bagán
6) Oyà Onìrá
7) Oyà Kodun
8) Oyà Maganbelle
9) Oyà Yapopo
10) Oyà Onisoni
11) Oyà Bagbure
12) Oyà Tope
13) Oyà Filiaba
14) Oyà Semi
15) Oyà Sinsirá
16) Oyà Sire
17) Oyà Gbale ou Igbale (aquela que retorna à terra) se subdividem em:
a) Oyà Gbale Funán
b) Oyà Gbale Fure
c) Oyà Gbale Guere
d) Oyà Gbale Toningbe
e) Oyà Gbale Fakarebo
f) Oyà Gbale De
g) Oyà Gbale Min
h) Oyà Gbale Lario
i) Oyà Gbale Adagangbará


Essas Oyàs, estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu , Ogun e Exú.

Lenda de Yansã - Oyá
Yansã - Oyá
Dona do Teto

Oyá é a entidade dos ventos, das tempestades e do rio Níger que em Iorubá chama-se Odo-Oyá. Foi a primeira mulher de
Xangô e tinha um temperamento forte, ardente e impetuoso. Conta a lenda que Xangô enviou-a a uma missão na terra dos
baribas, a fim de buscar um preparado, que uma vez ingerido,
lhe permitia lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Oyá
desobedecendo às intruções do esposo experimentou esse pre-
parado tornando-se capaz de também cuspir fogo, para grande
desgosto de Xangô, que desejava guardar só pra si este terrível
poder. Oyá foi no entanto a única mulher de Xangô, que no final
de seu reinado segui-o na sua fuga pra Tapá. E quando Xangô
recolheu-se para debaixo da terra, em Kossô, ela fez o mesmo
em Irá. Antes de se tornar mulher de Xangô, Oyá tinha vivido
com Ogum. A aparência do Deus do ferro e dos ferreiros causou-lhe menos efeito que a elegância, o garbo e o brilho do Deus do trovão. Ela fugiu com Xangô, e Ogum enfurecido, resolveu enfrentar seu rival; mas este último foi à procura de Olodumaré, o Deus supremo, para
lhe confessar que havia ofendido Ogum. Olodumaré interveio junto ao amante traído e recomen-
dou que perdoasse a afronta. E explicou: - Você Ogum, é mais velho que Xangô! Se, como mais velho deseja preservar sua dignidade aos olhos de Xangô e aos outros orixás, você não deve se aborrecer nem brigar: deve renunciar a Oyá sem recriminações! Mas Ogum, não foi sensível à
este apelo, lançou à perseguição dos fugitivos, e trocou golpes de varas mágicas com a mulher infiel, que foi então, dividida em nove partes. Este número nove, ligado a Oyá, está na origem de
seu nome Yansã.
Eparrêi Oyá!

Arquétipo dos Filhos de Oyá

Os filhos desse orixá são muito extrovertido, apreciando boas companhias, festas, viagens e divertimentos em geral.
Possuem muita vitalidade, estando sempre dispostos para fazer o que gostam.
Não suportam trabalhar em lugares fechados e, principalmente, obedecer ordens, pois não gostam de se sentirem inferiorizados.
Por isso, são instáveis em sua vida profissional. Não aceitam que pessoas de fora se intrometam na rotina de sua casa ou dêem palpites em sua vida familiar.
Não gostam que lhe digam o que fazer, ou que lhe façam críticas. Sempre tentarão justificar suas atitudes, mesmo que sejam injustificáveis. Dão muito valor à segurança de um lar e de uma família bem constituída e feliz. Adoram sua casa, embora não agüentem ficar presas a ela.
São muito sensuais e apaixona-se com freqüência, só aceitando viver com alguém se existir amor. Quando amam de verdade, fazem de tudo para manter essa relação.
São ciumentos, possessivos e incapazes de perdoar ou esquecer uma traição.
Quando são provocados, enfurecem-se de tal maneira, que ninguém ousa enfrentá-los. A fúria não demora muito para passar, fazendo-os voltar ao normal, como se nada tivesse acontecido.
Geralmente arrependem-se por agir dessa forma.
Em seu estado normal, podem ser dóceis e amáveis. Gostam de usar de franqueza, pois odeiam mentiras e qualquer coisa que manche sua reputação. Algumas vezes são ousados e arrogantes, possuindo um gênio e uma natureza difícil de lidar.
São muito francos e diretos, não havendo ética que os segure.
Gostam de lutar pelo que acreditam e acham justo.
Os filhos de Oyá possuem uma grande necessidade de afirmação.
Duas espadas e um par de chifres de búfalo representam à imagem de Oyà. Seus adeptos não podem sequer encostar em carneiro e em volta dos pescoços usam contas de certo tom de vermelho (Marrom).
Seu maior símbolo-> os chifres de búfalo, alfanje, adaga, eruesin

Seu dia-> Quarta-feira

Sua cor-> coral

Sua fruta-> Manga-rosa

Seu mineral-> coral e cobre

Saudação-> Eparreyi

Assentamento-> Pedra de raio

Flor-> Rosa e palma vermelham-

Comida seca-> Acarajé e akasa

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